Um Banho de Água Fria!
Estive pensando, na diferença que existe entre tomar um belo banho frio num dia de calor, e um banho frio num dia frio! Você já pensou nisso? É engraçado, mas nosso corpo é sensível a temperatura da água, por isso em dias frios, o que mais desejamos é um banho bem quente. Creio que a expressão “banho de água fria”, tenha nascido quando alguém muito ansioso por um banho quente, se despiu totalmente, entrou embaixo do chuveiro e foi cruelmente surpreendido por “águas frias”!
Eu já passei por inúmeras situações, em que esta expressão cai muito bem. Lembro-me de um dia, em que depois de aconselhar e aconselhar, falar e falar, ouvi a seguinte frase: “Este é o seu ponto de vista, eu tenho o meu!”. Foi um “banho de água fria” cruel, e eu não estava esperando por aquelas palavras. Numa outra ocasião, os jovens da igreja me convidaram para evangelizar com eles, e em determinado lugar nos deparamos com uma pessoa. Aquela pessoa olhou para mim (na época eu estava com cavanhaque bem feito por sinal), e disse: “É assim que você, vem fazer evangelismo? Isto não está certo!”. Que palavras foram essas, fiquei a pensar! Estávamos animados, felizes, levando com tanta alegria a palavra do nosso Paizinho, e ao invés de sermos elogiados, tomamos um “banho de água fria”.
São muitas, e não poucas as situações pelas quais já passei, e que poderia citar em cima desta expressão, mas o meu intuito aqui, é o de enfatizar o poder de nossas palavras. Tomar um banho frio quando se esta calor é uma coisa, agora um banho frio em dias frios não dá! Há dias em que algumas palavras, por mais cruéis e dolorosas que sejam não nos abalam; podemos ser humilhados e zombados, mas permanecemos firmes, pois estamos em dias “quentes”, e um “banho de água fria” não nos incomoda. Agora, se já estamos em meio a adversidades, problemas, enfermidades, desânimos, tristezas, toda e qualquer palavra mal dita, pode ser instrumento de morte, causando em nós um tremendo “choque térmico”!
Às vezes, saímos de casa para o trabalho, escola, igreja, festas, totalmente “armados”, não de armas de fogo e munição, mas de “baldes de água fria”. Não nos preocupamos com sentimentos; agimos por impulso e sem pensar... Todos nós! Um “banho de água fria”, pode ser tanto palavras, como ações e atitudes também. Poderíamos citar diversas situações.
Que possamos reconhecer que falhamos constantemente, mesmo quando não temos a intenção de errar. Que possamos entender que podemos ser “perigosos de mais”, mesmo sem termos arma alguma em nossa cintura. Faça algo, largue os “baldes”, ou então troque as “águas frias”, por “águas” adequadas a temperatura ambiente. E, quando você for tomar o seu banho, possa refletir sobre isso, e veja o quão prazeroso é quando estamos debaixo de águas que nos fazem bem, limpa toda nossa sujeira, trazem descanso e aliviam o nosso cansaço!
Por mim mesmo: Rodrigo Carrilho